terça-feira, 27 de abril de 2010

REFLEXÕES PROFUNDAS... - Por: Lígia Rosso

Foto: na véspera do meu aniversário (24.04) - momento especial no Flashback Bar


"Feliz aniversário/envelheço na cidade!!" - Parece nostálgico, mas na minha opinião não é...adoro essa música, em especial com a interpretação do Ira! junto com o Paralamas do Sucesso no DVD Acústico MTV...emociona mesmo! Neste domingo, completei mais um ano de vida (muito bem vivida, graças a Deus!) e junto com esse novo ciclo, vieram muitas alegrias, momentos de felicidade e profundas reflexões. Sou um ser paradoxal (nem sei se existe essa palavra...mas essa é a idéia)...transito entre meus silêncios internos e a minha expressão para o mundo em questão de segundos. Não me permito ficar triste demais ou furiosa demais, pois tenho certo receio da minha intensidade interior. Se eu fosse uma pessoa permanentemente braba, mal humorada ou triste, ninguém suportaria ficar perto de mim, certamente. Tenho minhas dores, minhas desilusões, frustrações e tristezas...assim como qualquer ser humano tem. Mas, todos os dias quando o amanhecer surge no horizonte, preciso optar entre me entregar para as coisas que não deram certo, para os amores que me decepcionaram e desprezaram meus mais sinceros e leais sentimentos, para as dificuldades financeiras que fazem parte da vida, etc, etc...ou, posso optar para ficar com o que há de bom de cada situação, até mesmo das negativas, porque acredito que em tudo há sempre algo de bom e acabamos nos tornando pessoas mais fortes e sábias a medida que mudamos a perspectiva, a nossa visão diante dos fatos. Aprendi com um grande amigo que 'fatos são fatos'...então, já que não podemos voltar no tempo e recomeçar, o ideal é reconstruir-se, reiventar-se, como diria Cecília Meireles! E é assim, repleta de esperanças, que completei mais um ciclo de vida terrena. Enquanto eu estiver por aqui, pretendo fazer o melhor que eu puder para contribuir positivamente com o mundo e com as pessoas. Falhas sempre teremos e não tê-las é impossível. Resultados pelo nosso trabalho e dedicação virão, mesmo que não sejam exatamente como tínhamos sonhado, desejado. O ideal mesmo é não desejar, deixando a porta da vida aberta para que os acontecimentos possam fluir. Acredito que o desprendimento da ação, a liberdade da ação e, principalmente, o amor e a entrega ao que se faz no cotidiano tornam-se essenciais nos caóticos dias dessa pós-modernidade tão 'líquida' (cfe. Bauman). E que venham muitos outros anos e ciclos de vida...a árvore pode até envelhecer o caule, mas seus frutos serão cada vez mais saborosos na medida que o tempo passa. E o verdadeiro tempo, meus caros amigos, mora na eternidade!

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