(Lya Luft)
Não perguntem pelo meu poema: Nada sei do coração do pássaro
Que a música inflama.
Não queiram entender minhas palavras: Não me dissequem, não segurem entre vidros
Essas canções, essas asas, essa névoa. Não queiram me prender como a um inseto
No alfinete da interpretação:Se não podem amar o meu poema, deixem
Que seja somente um poema.
(Nem eu ouso ergue-lo entre meus dedos e perturbar a sua liberdade).
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